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Mulheres no Audiovisual | Edital APQ1 – FAPERJ | Tatiana Siciliano
O projeto “As trabalhadoras do audiovisual fluminense: trajetória de mulheres por trás das câmeras na TV e no streaming”, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), tem como objetivo a formação de um acervo audiovisual com depoimentos que registrem as trajetórias de mulheres diretoras, roteiristas, pesquisadoras e executivas atuantes na televisão aberta e nas plataformas de streaming no estado do Rio de Janeiro.
De acordo com dados de 2024 do instituto Kantar Ibope Media, a televisão aberta concentra 71% do share de audiência no país. Apesar dessa relevância, a representatividade feminina ainda é baixa. Segundo o Anuário Estatístico do Audiovisual Brasileiro (ANCINE, 2023), a televisão aberta é o segmento que mais emprega dentro do setor audiovisual (53%), mas apresenta uma média inferior a 21% na distribuição de postos de trabalho ocupados por mulheres. Essa presença diminui ainda mais em cargos de decisão, tanto na gestão quanto na criação — posições geralmente ocupadas por homens brancos — o que evidencia a persistência do chamado “teto de vidro”, barreira invisível que limita a ascensão profissional das mulheres.
Na teledramaturgia brasileira, uma das funções mais centrais é a de roteirista-chefe, que, sobretudo na televisão aberta, segue o modelo consolidado pela TV Globo, centrado na figura do autor. Nesse cenário, o número de mulheres que assinam as obras como autoras é significativamente inferior ao de homens, mesmo que o ofício tenha sido consagrado por nomes femininos fundamentais como Janete Clair (1925–1983) e Ivani Ribeiro (1922–1995).
Nos últimos anos, tem-se intensificado a reivindicação por maior pluralidade nos espaços de trabalho audiovisual, com a inclusão de mulheres e pessoas de etnias não-brancas. Essa luta por representatividade ocorre simultaneamente às transformações na estrutura da indústria audiovisual tradicional, impulsionadas pela entrada das plataformas de streaming.
Diante desse contexto de mudanças e da relevância histórica da atuação feminina — mesmo diante dos obstáculos enfrentados — na construção da televisão brasileira, torna-se essencial criar um espaço de memória que valorize essas trajetórias e modos de fazer, acessível tanto à população quanto aos pesquisadores. É esse o propósito principal do projeto, que carinhosamente rebatizamos de “Mulheres no audiovisual”.
Mulheres no Audiovisual
Mulheres no Audiovisual | ROSANE SVARTMAN
Roteirista e autora de novelas, Rosane Svartman fala sobre sua trajetória na televisão linear e no streaming. Svartman escreveu duas temporadas de Malhação (2012-2013;2014-2015), Totalmente Demais (2015-2016), Bom Sucesso (2109-2020) e Vai na Fé (2023), todas da TV Globo, e a série Vicky e a Musa...
Mulheres no Audiovisual | ANA MARIA MORETZOHN
Formada em Jornalismo, Ana Maria Moretzsohn já escreveu novelas, filmes e séries. Ao lado de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, assinou o texto de Tieta (1989-1990), Pedra sobre Pedra (1992)e Fera Ferida(1993-1994), na TV Globo. Na mesma emissora, também fez Estrela Guia (2001) e Malhação...
Mulheres no Audiovisual | MARIANA TORRES
Em entrevista, a roteirista e escritora Mariana Torres conta detalhes de sua experiência profissional em dramaturgia e melodrama. Entre seus trabalhos, destacam-se a série “Maysa, quando fala o coração” (indicada ao prêmio Emmy), as telenovelas “Em família”, “Os dias eram assim”, todas da TV...
Mulheres no Audiovisual | CARLA SIQUEIRA
Em entrevista, a jornalista, doutora em História Social da Cultura (PUC-Rio) e professora de Comunicação da PUC-Rio, Carla Siqueira, conta como é seu trabalho de pesquisadora de conteúdo, imagens e personagens para produtos audiovisuais. Carla integra o quadro de pesquisadores da TV Globo, desde...
Mulheres no Audiovisual | ANA ANGEL
Em entrevista, a diretora e Produtora de audiovisual, mestre em Comunicação pela PUC-Rio e uma das diretoras da telenovela Dona Beija (2023) – produção da Floresta com a Max, Ana Angel fala sobre sua trajetória, seu encontro com o audiovisual por meio de um coletivo em São Gonçalo, o trabalho como...
Mulheres no Audiovisual | LICIA MANZO
Autora de sucessos como a série Tudo de novo de novo (2009) e das novelas A vida da gente (2011), Sete Vidas (2015) e Um lugar ao Sol (2021), todas da TV Globo, a roteirista Licia Manzo deu um depoimento para o acervo "As Trabalhadoras do Audiovisual Fluminense: Trajetória de Mulheres por Trás das...
Mulheres no Audiovisual | MONICA ALBUQUERQUE
Monica Albuquerque foi Diretora de Relações Externas (1999-2013) e de Desenvolvimento e Acompanhamento Artístico (2013-2020) no grupo Globo, onde trabalhou durante 21 anos. Durante sua gestão, implementou a Central de Atendimento ao Telespectador (CAT) e projetos como Memória Globo e Globo...
Mulheres no Audiovisual | MARIA DE MÉDICIS
Em entrevista ao Grupo Narrativas e Consumo, a diretora Maria de Médicis falou sobre o papel da direção na obra audiovisual, a nova lógica de produção do streaming, além de contar detalhes de sua trajetória na televisão. Ela dirigiu as novelas Sangue Bom (2013), Geração Brasil (2014), Babilônia...
Mulheres no Audiovisual | ANA DE ABREU
Roteirista e produtora de audiovisual, Ana de Abreu fala sobre a sua trajetória na televisão linear e a construção de roteiros documentais. Ela trabalhou na série documental Deixa Ela (GNT e Globoplay, 2024), no documentário Filho da Mãe, sobre o ator Paulo Gustavo (Amazon Prime, 2022), na série...